(Oportunidade de relançar) as obras para os Sintéticos com um “futuro que parece ser cada vez mais longínquo…”
“Os Sintéticos Esquecidos
O município de Paços de Ferreira prepara-se para contrair um empréstimo bancário na ordem dos 750 mil euros para investir em obras de requalificação urbana e reabilitação da ETAR de Arreigada. O empréstimo será contraído ao BEI (Banco Europeu de Investimento) e insere-se na Linha BEI PT2020 – Autarquias, devidamente autorizada pelo FAM, que deu o parecer favorável. O empréstimo será de 15 anos e terá um período de carência de 2 anos. A contratação deste empréstimo terá de ser discutida em Assembleia Municipal, não se sabendo se a reunião extraordinária do próximo dia 10 terá também este ponto de ordem para poder ser aprovado. Se for a discussão pública, tudo indica que será aprovado por unanimidade, seguindo a tendência verificada na reunião de câmara onde este assunto foi a discussão.
Este processo de endividamento do município é uma escapatória legal para ultrapassar as dificuldades de tesouraria da Câmara o que impossibilita a concretização de investimentos estratégicos. A presença do FAM na fiscalização das contas do município é, também, um entrave às necessidades imediatas, pelo que este mecanismo facilitador adotado pelo governo e pelo BEI abre portas à continuidade do betão e alcatrão.
A Câmara Municipal de Paços de Ferreira fez bem em recorrer ao financiamento, mas deixa transparecer uma falta de estratégia financeira gritante para as necessidades imediatas. As obras da regeneração urbana levarão a maior fatia do empréstimo, mas há outros investimentos prometidos pelo atual Presidente da autarquia que perderam uma excelente oportunidade de serem cumpridos. Estamos a falar essencialmente dos relvados sintéticos dos clubes das freguesias, que por uma questão de estratégia financeira do atual presidente, Humberto Brito, dificilmente se concretizarão a curto prazo.
Esta bandeira eleitoralista levantada na última campanha autárquica levou a promessas de melhorias das infraestruturas desportivas para ajudar ao desenvolvimento dos clubes, principalmente os que albergam centenas de crianças para a prática do futebol. Os principais clubes de Sanfins e Eiriz já estão devidamente equipados, mas há outros a reivindicar. Ferreira, Raimonda, Seroa, Penamaior, Frazão são alguns exemplos que deveriam estar a ser considerados, porque estamos a falar de associações que fomentam a modalidade junto da formação e esse aspeto deveria ser uma das prioridades de Humberto Brito. Por isso, denota-se a ausência de uma estratégia que pudesse resolver este problema.
Com esta contratação de empréstimo, a autarquia de Humberto Brito perdeu uma excelente oportunidade para colocar no caderno de encargos esta fatia dos sintéticos. E era bem possível, bastaria fazer reajustes aos orçamentos das outras obras e canalizar uma verba para os sintéticos. Esta incapacidade de visão estratégica adiou a resolução deste problema para um futuro que parece ser cada vez mais longínquo… “Jornal Gazeta de Paços de Ferreira, edição de 8-08-2019”
Texto copiado na integra da pagina do facebook de José Henrique Pinto
https://www.facebook.com/Jos%C3%A9-Henrique-Pinto-1622906634634790/
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